quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A Ponte do Arco Íris




Neste lado do paraíso existe um lugar chamado Ponte do Arco-Íris.
Quando um animal morre, aqueles que foram especialmente queridos por alguém, vai para a Ponte do Arco-Íris. Lá existem campos e colinas para todos os nossos amigos especiais, pois assim eles podem correr e brincar juntos. Lá existe abundância de comida, água, e raios de sol, e nossos amigos estão sempre aquecidos e confortáveis. Todos os animais que já ficaram doentes e velhinhos estão renovados com saúde e vigor; aqueles que foram machucados ou mutilados estão perfeitos e fortes novamente, exactamente como nós nos lembramos deles nos nossos sonhos, dos dias que já se foram.
Os animais estão felizes e alegres, excepto por uma coisinha: Cada um deles sente saudades de alguém muito especial, alguém que foi deixado para trás. Todos eles correm e brincam juntos, mas chega um dia quando um deles para de repente e olha fixo na distância. Seus olhos brilhantes estão atentos; seu corpo impaciente começa a tremer levemente. De repente, ele se separa do grupo, voando por sobre a erva verde, mais e mais rápido.
Tu foste visto e quando tu e o teu amigo especial finalmente se encontram ficarão unidos num reencontro de alegria, para nunca mais se separarem. Os beijos de felicidade vão chover na tua face; tuas mãos vão novamente acariciar tão amada cabecinha, e tu vais olhar mais uma vez dentro daqueles olhos cheios de confiança, que há muito tempo haviam partido da tua vida, mas que nunca haviam se ausentado do teu coração. Então vocês, juntos, cruzarão a Ponte do Arco-Íris. (A Ponte do Arco-Íris, autor desconhecido)

Todos os cães merecem o céu.



No céu deve haver muita carne pra escolher e osso pra esconder...E pra roer, pra quem prefere.

Deve ter chão de cimento e pedaço de pau, serve até tapete, pra arranhar as unhas ou as costas no chão.

Deve ter um gramado bem extenso pra correr tão rápido até as bochechas e as orelhas irem pra trás.

Deve ter água fresquinha em vasilha limpinha sempre que a sede pintar.

No céu, de vez em quando, pode parecer briga, mas é a cachorrada a brincar, rosnando de mentira, mordendo de mentira e rolando de verdade ladeira abaixo.

Deve ter roupa no varal pra puxar e brincar. E Nossa Senhora, nem fica tão nervosa, já que é de propósito que deixa as roupas do menino Jesus no varal.

Aliás, menino Jesus anda descalço porque cansou de brincar de procurar os sapatos com os cachorrinhos.

No céu, deve ter casinha de madeira sim, mas também montinhos de pano pra afofar e dormir em cima. Só que no céu, os cães aprendem a ser mais pacientes e a dividir os montinhos de pano, ossos e atenção.

E de vez em quando, que loucura! Aparece uma nuvem disfarçada e sai a cachorrada disparada achando que é gato. Depois cansa, e volta rindo pra casa feliz da vida.

E toda noite, ou toda hora, os anjinhos fazem festa e carinho na orelha, na barriga e no nariz de cada cachorrinho do céu.

E aos pés de Deus, ao fim do dia, a cachorrada dorme contente, enquanto ele planeja um novo dia pra gente aqui na terra.

O céu é tão bom, é tão lindo! E no entanto, eu queria que ela ficasse aqui…